Na gruta de Lascaux (França), as pinturas do
Paleolítico Superior estão em risco com a proliferação de microorganismos. Um estudo levado a cabo por cientistas do
Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) espanhol concluiu que os
biocidas utilizados na gruta de Lascaux foram ineficazes e podem ter favorecido
o aparecimento de novos fungos e bactérias. O objetivo deste tratamento era travar o surto do fungo 'Fusarium solani' que apareceu em 2001.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
NO TEMPO DOS MAIAS
Os
calendários, que documentam ciclos lunares e planetários, estão pintados nas
paredes de uma casa, cujos vestígios foram encontrados no sítio arqueológico de
Xultún.
Os resultados da descoberta serão publicados nas revistas
"Science", esta sexta-feira, e "National Geographic", em
junho.
Os investigadores sustentam que os carateres pintados no que
poderá ter sido um templo da megacidade de Xultún, na região guatemalteca de
Petén, são vários séculos mais antigos do que os códigos Maias escritos nos
livros de papel de casca de árvore do período pós-clássico tardio.
Além disso, as inscrições são as primeiras da arte Maia a serem
encontradas numa casa, realçou David Stuart, professor de arte meso-americana,
na Universidade do Texas-Austin, nos EUA.
Uma das paredes da habitação tem uma série de cálculos que
correspondem ao ciclo lunar, enquanto outra os símbolos que poderão
relacionar-se com os ciclos de Marte, Mercúrio e, possivelmente, de Vénus.
Os arqueólogos creem que os calendários procuravam a harmonia
entre as mudanças celestiais e os rituais sagrados.
De acordo com os especialistas, o lugar onde foi feita a
descoberta poderá ter sido um espaço de reunião de astrónomos, sacerdotes e
copistas dos calendários, mas também de uma autoridade, dada a riqueza da
decoração das paredes.
Contrariamente a certas crenças populares, não há qualquer
indicação nos calendários Maias de que o fim do mundo coincide com o final de
2012.
"Os antigos Maias previam que o mundo continuava e que,
dentro de 7000 anos, as coisas estariam exatamente como estavam no seu
tempo", sustentou o arqueólogo William Saturno, que dirigiu a expedição.
Para Anthony Aveni, professor de astronomia na Universidade
Colgate, em Nova Iorque, e coautor da investigação, "o mais excitante da
descoberta é a revelação de que os Maias rabiscavam os cálculos dos ciclos
calendários em paredes, centenas anos antes de os escribas os escreverem nos
Codex", que representam os arquivos da civilização pré-colombiana
destruídos, em grade parte, pelos conquistadores espanhóis.
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